sábado, 7 de maio de 2011

Reforma política pode não sair este ano, diz Temer


Daiene Cardoso, da Agência Estado:
Na opinião do vice, se mudanças não forem aprovadas este ano, será porque parlamentares concluíram que o sistema atual é o melhor

Temer reclamou também que o sistema atual leva ao "clientelismo", fazendo com que os deputados trabalhem para levar obras para sua região e assim garantir sua reeleição. "Temos que retirá-los desta pressão, deste clientelismo", afirmou.

O vice-presidente reiterou que o atual sistema, de voto proporcional, inspira os partidos a buscar nomes fortes para aumentar o quociente eleitoral, quando não apelam para as coligações. Assim, candidatos que não tiveram uma votação expressiva acabam sendo eleitos com a ajuda dos mais votados e os que receberam votos suficientes para se eleger, dependendo de seu partido ou da coligação, não tomam posse. "No sistema proporcional, muitas vezes se elegem pessoas que não representa a maioria", ressaltou.

Kassab. Ao final da palestra, o prefeito paulistano criticou a demora na aprovação de mudanças no sistema eleitoral. "A reforma política é considerada uma prioridade e acaba sendo deixada de lado. Infelizmente, parece que existe uma tendência de que continue sendo deixada de lado, o que é lamentável", comentou. "Todo mundo está acomodado dentro do sistema", concordou Afif.

Egresso do DEM, Kassab se disse favorável ao voto distrital misto, com fim das coligações nas eleições proporcionais e obrigatoriedade da fidelidade partidária, desde que isso não deixe os políticos em uma "camisa de força". "Com reformas com essa profundidade, nós conseguiremos aproximar o eleitor das instituições", defendeu.

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