terça-feira, 31 de maio de 2011

Brasileiros avaliam mal agilidade, honestidade e imparcialidade da Justiça

Quando o assunto é confiança na Justiça, os brasileiros – independentemente de etnia escolaridade, ou classe social – estão juntos: avaliam mal a capacidade do Poder Judiciário nos critérios rapidez, acesso, custo, decisões justas, honestidade e imparcialidade.

Os dados fazem parte de um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada), divulgado nesta terça-feira (31), que procura avaliar a percepção que os brasileiros têm da Justiça. O levantamento ouviu 2.722 pessoas.

Os entrevistados deram nota de 0 a 4 sobre como avaliavam a Justiça em cada critério, sendo 0 – muito mal, 1 – mal, 2 – regular, 3 – bem e 4 – muito bem. A maior nota, para o critério “decisões justas”, foi de 1,6, não alcançando ao menos a avaliação regular.

As piores notas ficaram com “honestidade” e “imparcialidade”, empatadas com 1,18. Em seguida, “rapidez” apareceu com 1,19 e “custo” com 1,45. Acesso teve nota de 1,45.

Analisados de acordo com a região, sexo, escolaridade, etnia, renda e idade dos entrevistados, os dados mostram que os brasileiros desconfiam de maneira generalizada da Justiça. Em nenhum segmento da população a nota foi suficientemente diferente da média geral a ponto de fazer com que algum critério fosse considerado regular.

Instituições

O Ipea quis saber ainda como o brasileiro avalia o trabalho dos profissionais e instituições envolvidos no funcionamento da Justiça, aplicando a mesma avaliação de 0 a 4.

Os brasileiros apontaram a Polícia Federal como a instituição mais confiável, ao lado da figura profissional do promotor, ambos com 2,2. Em seguida aparece o juiz, com 2,14, e o defensor público, com 2,04.

Já entre os mal avaliados aparecem o advogado, com 1,96 e, por último, a Polícia Civil, com 1,81.

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